21 de junho de 2005

Se o Partido Socialista gerisse um Supermercado

Entro no Pingo Rosa. Aparece o Vitorino a dizer “Temos os preços mais baixos, habituem-se”. Estou na parte dos legumes e aparece-me o Jorge Coelho. Dá-me uma grande pancada nas costas e diz-me: “Nós queremos é resolver os problemas dos portugueses e por isso temos aqui a Maçã Starking a um preço imbatível”. Achei os preços bastante baixos e o estabelecimento estava realmente impecável e limpo. Passo na secção dos vinhos e vejo o Manuel Alegre a promover vinhos. Coloco verdadeiras pechinchas para o cesto. Gostei muito do António Guterres da Charcutaria e da Helena Roseta que me explicou coisas sobre a arte de fazer chocolate. Fui buscar outro cesto, estava a adorar. Vejo o Pina Moura na parte dos enchidos. Deu-me a provar um pão com chouriço mesmo bom. Levei todos os enchidos e todos muito baratos e do melhor que eu já tinha visto. Vi dois patinadores que iam chocando. Eram o Pedro Silva Pereira e o António José Seguro. Esses rapazes corriam aquilo tudo com uma genica incrível.
Chego à caixa. O caixa Sócrates dá-me simpaticamente os bons dias e pergunta-me se eu tenho o cartão Visa Maçon e eu digo que não. Sócrates explica-me que com esse cartão eu nem pagava nada já que era o Estado a pagar tudo todas as vezes que eu fosse lá sem limite. Estava muito contente porque ia pagar muito menos do que o normal. O caixa vai passando os códigos de barras. Noto que há um produto muito mais caro do que dizia na prateleira. Depois reparo que muitos outros também estão inflacionados. No fim o caixa diz-me o preço e eu fico chocado pois o total é muito superior ao que seria num supermercado normal. Pergunto “Porquê a aldrabice? Porque colocam os preços tão baixos se depois não é o que pagamos por eles”. Sócrates diz-me: “Os nossos preços eram esses. Não sei se reparou mas estamos com nova gerência há pouco tempo. Colocámos estes preços mas depois de descobrirmos certas dívidas do anterior gerente, fomos obrigados a subir os preços. Quando colocámos estes preços não sabíamos que a situação estava tão má como pensávamos”. E eu disse: “Então não pago, vou ao Hiper PSD”. Sócrates diz-me que eu sou obrigado a pagar e que não posso voltar atrás. Entretanto chama um segurança porque percebeu que eu estava a ficar chateado com a situação. O segurança chama-se Sampaio e diz-me: “Tens de pagar pá, senão sofres as consequências”. Sampaio mostra-se ameaçador e eu pago. Eu estou cá fora e viro-me para um homem que está à porta e que se chama Soares e digo-lhe: “Porque é que enganam as pessoas?” E ele diz-me a troçar: “Se soubesse logo a verdade vinha cá? O nosso negócio é assim”.

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