9 de julho de 2008

Nível actual de exigência no ensino em Portugal é tão baixo que os actuais alunos só chegarão à fase das dúvidas e dos "porquês" aos 30 anos

O nível de exigência dos exames nacionais do ensino básico e secundário e, a progressiva obsessão de Maria de Lurdes Rodrigues, pelas estatísticas poderão provocar a longo prazo consequências catastróficas nas capacidades cognitivas dos alunos. Segundo a teoria cognitiva de Jean Piaget, o estágio pré-operacional, que se caracteriza pelo pensamento egocêntrico, intuitivo e mágico, a confusão entre aparência e realidade e a noção de irreversibilidade, em vez de ser na fase entre os 2 e os 6 anos, passará a coincidir com a fase entre os 15 anos e os 24 anos. Só por volta dos 30 anos de idade é que o adulto terá curiosidade em saber porque é que há noite e dia, de onde é que vem os bebés, porque é que as nuvens andam, porque é que o mar é salgado e porque é que as pessoas espirram. Os futuros adultos de 40 anos já terão a capacidade de comparar o tamanho entre dois objectos mas apenas a partir dos 50 anos é que terão a capacidade para efectuar raciocínios lógicos e sistemáticos do género "A é maior que B, B é maior que C, logo A é maior que C".

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