30 de novembro de 2010

Banca portuguesa está financeiramente mais sólida que a irlandesa graças às comissões abusivas

O argumento da relativa boa saúde da banca portuguesa e o facto de não ter tido exposição aos activos tóxicos ou subprime imobiliário tem sido utilizado para distinguir a situação portuguesa da situação irlandesa, que precisa de pelo menos 90 mil milhões de euros para fazer face às necessidades urgentes de refinanciamento e recapitalização da sua banca. “Os bancos irlandeses não fazem maroscas a mudar os spreads dos créditos de habitação, não têm essas coisas giras das comissões sobre despesas de manutenção e sobre gestão de processos, não vendem extractos bancários, não cobram comissões sobre amortizações antecipadas de créditos e comissões de 15 euros por cada reenvio de correspondência devolvida, não multam 30 euros por contas a “descoberto”, não cobram quase 4 euros por cada levantamento ao balcão e não cobram essa fantástica comissão de 5 euros por pedido de "informação verbal". Assim é fácil ter bons rácios de solvabilidade. Cambada de chico-espertos”, acusou o primeiro-ministro da Irlanda, Brian Cowen.

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