9 de junho de 2010

Desculpa do “não há sistema” já era usada numa loja do cidadão na Suméria há 4600 anos

A desculpa mais usada pelos funcionários das repartições públicas para não se darem ao trabalho de resolver os assuntos dos cidadãos já existia muito antes dos primeiros sistemas informáticos. Na Suméria, geralmente considerada a civilização mais antiga da humanidade, a aristocracia burocrática que cuidava dos interesses do rei, dos bens da casa real e do tesouro público já não tinha sistema para tratar dos Selos Cilindricos do Cidadão e fazer devoluções de IRS de tribos nómadas, fazendeiros, pescadores, criadores, negociantes e artesãos.“Não tenho sistema. As tabuletas de argila não estão a dar. Eu já pedi estiletes, tinta e betume para a sede mas eles disseram que havia greve de barqueiros na planície Tigre-Eufrates e que era melhor falar com a CCR de Lagash para pedir à repartição de Eridu para fazer uma requisição de pilastras. E a sua senha de argila já passou três números e vai ter de tirar outra senha. E multas de trânsito e renovações de licenças de trafico de escravos só na Loja do Cidadão de Kish. Passa Uruk, vira em Ur e é logo a seguir a Nippur”, afirmava uma funcionária pública numa pedra escrita em cuneiforme encontrada por arqueólogos.

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