Os cadernos eleitorais de círculos historicamente mais favoráveis ao PSD e ao CDS continuam a inflacionar o universo de votantes e poderão eleger deputados indevidamente, condicionando de forma decisiva os resultados. O Inimigo Público falou com um eleitor-fantasma que está muito entusiasmado com os resultados das sondagens do CDS. “Sou um eleitor-fantasma orgulhoso. Ando há quase 40 anos a eleger o sexto deputado por Viana do Castelo, o tal distrito que elegeria apenas 5 deputados caso contassem apenas com as pessoas vivas. Morri no dia 15 de Abril de 1976, a dez dias das legislativas, mas ainda fui a tempo de ajudar o Freitas do Amaral a ter 15,98%. Como é evidente, ganhei um fervor pelo CDS que nenhum vivo é capaz de ter. Ajudei o Lucas Pires a ter 12,56% em 1983, o Portas a ter 8,34% em 99 e o Manuel Monteiro a ter 9,05% em 95. Fiquei frustrado com os 7,24% de Portas em 2005 e fiquei envergonhado com os 4% de Lucas Pires em 87 e com os 4% do Freitas do Amaral em 91. Na altura pensei que nem com os mortos o CDS se safava. A minha mulher está aqui a dizer-me que gostava de estar viva para festejar. Ela vota PSD há três décadas”.
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