4 de junho de 2011

Eleitor fantasma falecido que vota no Portas tem pena de não estar vivo para festejar os resultados do CDS

Os cadernos eleitorais de círculos historicamente mais favoráveis ao PSD e ao CDS continuam a inflacionar o universo de votantes e poderão eleger deputados indevidamente, condicionando de forma decisiva os resultados. O Inimigo Público falou com um eleitor-fantasma que está muito entusiasmado com os resultados das sondagens do CDS. “Sou um eleitor-fantasma orgulhoso. Ando há quase 40 anos a eleger o sexto deputado por Viana do Castelo, o tal distrito que elegeria apenas 5 deputados caso contassem apenas com as pessoas vivas. Morri no dia 15 de Abril de 1976, a dez dias das legislativas, mas ainda fui a tempo de ajudar o Freitas do Amaral a ter 15,98%. Como é evidente, ganhei um fervor pelo CDS que nenhum vivo é capaz de ter. Ajudei o Lucas Pires a ter 12,56% em 1983, o Portas a ter 8,34% em 99 e o Manuel Monteiro a ter 9,05% em 95. Fiquei frustrado com os 7,24% de Portas em 2005 e fiquei envergonhado com os 4% de Lucas Pires em 87 e com os 4% do Freitas do Amaral em 91. Na altura pensei que nem com os mortos o CDS se safava. A minha mulher está aqui a dizer-me que gostava de estar viva para festejar. Ela vota PSD há três décadas”.

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