5 de junho de 2006

Especialistas temem novos-cultos com Cowparade

Gabriel Kundera, novo-culto assumido, iniciou a sua análise da Vaca-Táxi exposta no Saldanha: "Esta vaquinha é estilo Naif mas com um toque impressionista. Repare que uma vaquinha em preto e verde como um táxi é sinal de que o autor é contra a invasão do Irão. Repare este tom de preto: completamente Petroil Brut. É uma crítica à guerra do petróleo. O verde não é o verde típico do táxi português do último quartel do século XX. Não é o verde clorofila, é o verde tropa. É a ideia de que a natureza está oprimida pela civilização. É a destruição do passado pelo presente e o futuro. É a ascensão do militarismo como a lei dos homens. O ser um táxi é uma crítica a esta sociedade, que só nos leva para onde queremos ir, se pagarmos. A ironia é que a vaca é o táxi e está ao mesmo tempo a pedir boleia o que nos remete para a questão “em casa de ferreiro espeto de pau”. Repare no egoísmo da vaca: ela como taxista exige contrapartidas mas quer que os outros lhe ajudem sem ela nada dar”.

Publicado no Inimigo Público

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