18 de novembro de 2005

Uma moedinha

A crise no Vitória de Setúbal tem-se agudizado. Os jogadores depois do treino vão almoçar à mitra e aproveitam a tarde para arrumar carros na Rua Luísa Todi. As condições de treino são horrorosas. Para a equipa treinar livres em vez dos bonequinhos habituais, têm o estendal da Dona Irene, funcionária do clube que tem 20 anos de ordenados em atraso. As bolas são feitas de meias com serradura lá dentro e as bandeirolas de canto foram penhoradas sendo substituídas por pauzinhos de Super Maxi. Chumbita Nunes, o Presidente, acha giro isto tudo. “Antigamente jogava-se assim. É o regresso a certas coisas da minha infância. É bonito ver que o futebol mantém a pureza do início e espero que nunca a perca”. Os jogadores sadinos estão a entrar na marginalidade ao ponto de o número de tatuagens ter aumentado de forma exponencial. Actualmente em cada jogo, o capitão é quem tiver naquele dia o corpo mais tatuado. Um jogador revelou que “já sei o que é o amor à camisola. É quando não se tem dinheiro para comprar mais nenhuma.”

1 comentário:

  1. coitade do vitorria de setubal...muito bem caricaturado, o estado do clube, a do estendal e a do amor à camisola tão giras! lol
    mas mesmo assim o VSC de Setúbal ainda está nos primeiros lugares da Liga. curioso...

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